Pousada Vitalis

A pousada é linda, sim. Pena que o atendimento parece ter sido terceirizado para o mau humor. Há mais de 13 anos que eu e minha família vamos para Olímpia, sempre hospedados no mesmo lugar. Este ano, resolvemos inovar. Passávamos sempre em frente a essa pousada com entrada de revista de decoração e pensamos: “Por que não?” Pois é. Deveríamos ter respondido: “Porque aparência não é tudo.” Depois de 6 horas de estrada com duas crianças, chegamos exaustos. As recepcionistas nos atenderam bem — ponto positivo. Jantamos por lá mesmo e fomos dormir. Nosso quarto era no térreo, e a família do andar de cima parecia estar ensaiando para o Rock in Rio. Crianças, adultos, parecia um prédio mal isolado em dia de festa. No dia seguinte, o show continuou. Pedi para trocar de quarto, já que a pousada estava praticamente vazia. A senhora na recepção fez cara de quem estava sendo obrigada a sorrir em velório, mas ok, trocaram. Novo quarto, novo problema: chuveiro frio. Lá vai o hóspede chato (vulgo eu, que está pagando) avisar que o chuveiro não funciona. A mesma senhora da recepção parecia estar sendo pessoalmente ofendida por eu querer tomar banho quente. Trocaram de novo. Finalmente, um quarto decente. À noite, percebo que o cofre está sem pilha. Mais uma vez, o hóspede inconveniente (eu) pede ajuda. Eis que surge um senhor grisalho, com a simpatia de uma porta fechada, questionando se eu tinha certeza de que o cofre não funcionava. Nem boa noite. Nem um “oi”. Só grosseria. Veja bem: eu não fui pra Olímpia pra fazer amigos, fui pra curtir minhas férias. Mas parece que esse senhor foi contratado justamente pra garantir que ninguém se sinta bem-vindo. A decoração da pousada é de primeira. O paisagismo, impecável. Mas o atendimento? Um desastre. Cultura fraca, liderança inexistente. Me arrependi de ter trocado o certo pelo duvidoso. A equipe da limpeza, do bar e do restaurante salva o dia — educados, profissionais, gente que claramente gosta do que faz. Já a senhora e o senhor da recepção... esses deveriam estar em casa, longe de qualquer contato humano. Esse senhor, em especial, tive o desprazer de encontrar três vezes. Em todas, ele parecia estar fazendo um favor ao universo por simplesmente existir. Se não quer trabalhar com pessoas, que vá cuidar de plantas — elas não reclamam. E por que estou escrevendo tudo isso? Porque no check-out, depois de pagar, ninguém sequer perguntou se gostamos da estadia. Nada. Só um “tchau” seco. Não quero tapete vermelho, nem fogos de artifício. Mas um mínimo de educação não deveria ser opcional.

Achei a manutenção do banheiro muito ruim, chuveiro péssimo, a água se espalhando pra todo lado, torneira pingando o tempo todo, mangueira da privada também pingando, e achei que a limpeza poderia ser melhor, tem crostas de sujeira na torneira. Do restante não tenho do que reclamar.